Falamos muito sobre as bactérias benéficas (probióticos) na nutrição animal e sabemos sobre diversas pesquisas na área, especialmente com humanos, cães e gatos, e animais de produção.
Mas, e para os animais selvagens?
Em 1998, Stevens, C.E. and Hume, I.D apresentaram um capítulo específico sobre a contribuição dos microrganismos no trato gastrointestinal (TGI) dos vertebrados e a conservação de nutrientes.
O TGI é repleto de bactérias e, em algumas espécies, podemos encontrar protozoários e fungos também, que convertem substratos dietéticos e endógenos em nutrientes absorvíveis.
Por causa de um pH neutro e um maior tempo de retenção da digesta, grande parte da população de bactérias encontra-se no intestino grosso ou porção posterior de mamíferos, aves, répteis e anfíbios adultos, e, na porção anterior do intestino de alguns mamíferos.
E o que essas bactérias fazem?
1. Fermentam carboidratos e produzem ácidos graxos de cadeia curta (AGCC);
2. Convertem compostos nitrogenados da dieta em amônia e proteína microbiana; e,
3. Sintetizam vitaminas do complexo B e K.
Esses AGCC´s fornecem energia para as células epiteliais do intestino, além de outros tecidos e facilitam absorção de sódio e água.
A absorção da amônia, por sua vez, auxilia na reciclagem e conservação de nitrogênio. Devido ao maior tamanho do intestino e maior tempo de retenção, os herbívoros ainda aproveitam esses AGCC como fonte adicional de energia para manutenção.
E aquelas espécies que praticam a cecotrofia (ex. coelho), também têm acesso à proteína microbiana (aminoácidos) e vitaminas do complexo B.
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